Uma imagem vale mais que mil palavras, e investir em recursos visuais atrativos certamente ajuda a criar treinamentos mais dinâmicos e engajadores. 

Cada vez mais o conteúdo textual está sendo transformado em imagens, por todos os lados. Em nosso dia a dia, respondemos mensagens de WhatsApp com emojis ou figurinhas de reações.  

Neste sentido, quem pensa e desenvolve soluções para o ensino corporativo, precisa estar atento às possibilidades visuais, incluindo cores e movimentos. 

Imagens, fotos, vídeos, animações, cores, ícones, formas, texturas, ilustrações, gráficos e tudo mais o que usamos para contextualizar, destacar e ilustrar conta como elemento visual. 

Seja no ambiente presencial ou online, até a mais simples das palestras, capacitações ou instruções podem se tornar mais interessantes com o uso desses recursos. 

A intenção é atrair a atenção das pessoas por meio de experiências visuais instigantes e divertidas.  

 

Como o cérebro entende os recursos visuais 

65% da população se considera aprendiz visual. Ou seja, são pessoas a aprendem mais através de imagens do que por meio da leitura. 

E não é à toa que esse número é tão alto. No livro Brain-Based Learning, Eric Jensen explica que 40% dos nervos do cérebro está conectado à retina.  

Dessa forma, a quantidade de neurônios que trabalham para o funcionamento da visão é maior do a soma daqueles que se dedicam a todos os outros sentidos juntos.   

Dados como esses comprovam a importância da utilização de recursos visuais para atrair a atenção e aumentar o engajamento.  

Além disso, segundo a antroposofia, todas as nossas conexões passam por três estágios:  

  • O pensar: relacionado ao campo das ideias/cognitivo; 
  • O sentir: está no campo dos sentimentos e das conexões;
  • O querer: é o campo da ação.  

Assim, ao processar os elementos visuais, as pessoas se conectam com as informações recebidas, prioritariamente, a partir do campo do sentir. Isso estabelece uma relação que as aproxima mais da mensagem.  

Esses recursos contribuem para que os dados façam sentido no campo do pensar. E, por fim, fortalecem a necessidade de tomada de decisão, partindo para a ação, no campo do querer. 

 

Vantagens do uso de recursos visuais em treinamentos 

Podemos citar dois como os principais benefícios: o rápido processamento de informações e a maior retenção do conteúdo estudado. 

  • Processamento das informações: o cérebro leva apenas 150 milissegundos para processar uma imagem e mais 100 milissegundos para entender seu significado.
     
  • Retenção das informações: 65% das pessoas que recebem uma informação associada a elementos visuais (seja imagens, ícones ou cores) lembram do dado transmitido após 3 dias. Em comparação, quando a mesma informação é apenas escutada, apenas 10% são capazes de lembrar após o mesmo período. 

Considerando que quando a informação é entendida e retida de modo eficiente, as pessoas sentem-se mais estimuladas a aprender, a partir desses dois benefícios, podemos elencar outros:  

  • Estimulação da criatividade e da imaginação por meio do visual; 
  • Comunicação geral mais rápida e dinâmica; 
  • Diferentes interpretações e emoções; 
  • Conexão dos colaboradores com situações e sentimentos vividos por eles; 
  • Armazenamento do aprendizado por mais tempo; 
  • Destaque para compreensão do que mais importa no conteúdo; 
  • Aumento do engajamento e motivação para aprender. 

 

Exemplos simples de recursos visuais para usar nos seus treinamentos 

Engana-se quem pensa que os elementos visuais precisam ser complexos e difíceis de usar para que tenham efeitos positivos no ensino. 

É verdade que eles devem ser pensados e desenvolvidos de modo coerente, fortalecendo a mensagem a ser passada e se relacionando com a rotina da organização. 

Entretanto, não há mistério. Com um planejamento de identidade visual, é possível inserir esses recursos em diferentes tipos de treinamentos e materiais internos. 

Para ajudar, listamos abaixo alguns formatos simples para incluí-los no ensino corporativo.  

 

Infográficos 

Nada mais são do que a representação gráfica das informações. Ou seja, usando elementos como ilustrações e ícones e fotos. Podem ser estáticos, ou animados em vídeos ou GIFs.  

O desenvolvimento do conteúdo utilizando números, pequenos textos e dados contribui para uma visão completa do conteúdo.  

A arte de associar imagem e texto torna o assunto mais acessível e ajuda a conectar o público com a informação, por meio de diferentes estímulos complementares.  

 

Vídeos 

Muito usados, principalmente no EAD, os vídeos são poderosas fontes de recursos visuais.  

Aqui vale uma dica: trabalhar diferentes formatos de captações e edições, para que não seja apenas uma aula linear gravada.  

Vale pensar em conteúdos interativos, com atores reais ou animações, e na criação de personagens representativos e interessantes. 

 

Storytelling  

Nada conecta mais do que uma boa história.  

Por isso, mesmo em treinamentos, é interessante trabalhar as metodologias de ensino por meio do storytelling, relacionando todos os temas trabalhados em uma trilha de aprendizagem.  

É fundamental trazer um conceito visual que amarre toda a trajetória dos colaboradores, investir em fotos e vídeos que façam sentido para o contexto do público do treinamento.  

 

Apresentações 

Em apresentações, aposte no uso de imagens para fortalecer o conteúdo. Elas devem estar 100% conectadas ao tema e área de atuação do negócio. 

Desenvolver um padrão visual para apresentações faz toda a diferença. Seja em treinamentos mais elaborados, ou para reforçar instruções sobre a rotina de trabalho.  

A sensação de harmonia entre o assunto e a empresa torna a experiência de aprendizagem algo prazeroso e instigante.    

Lembre-se de trabalhar com o mínimo de conteúdo textual possível, usando as palavras como apoios para os elementos visuais.  

 

Atenção para a inclusão 

Aqui vale um ponto de atenção importante, principalmente para as empresas que contam com colaboradores com alguma deficiência visual: é fundamental que toda comunicação seja inclusiva. 

Portanto, certifique-se que o uso de elementos visuais seja acompanhado também por recursos sonoros. Se possível, inclua práticas como a audiodescrição, que traduz imagens em áudio de modo eficiente.


Chegou a hora de inovar  

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