No Brasil, existe uma preocupação cada vez maior com a corrupção. E isso também se aplica aos ambientes corporativos. Como consequência, o chamado Compliance Empresarial ganhou mais importância.
O surgimento da Lei Anticorrupção, criada em 2013, foi fundamental para o início da criação da cultura de integridade nas empresas.
Ela prevê a responsabilização objetiva, no âmbito civil e administrativo, de empresas que praticam atos lesivos contra a administração pública nacional ou estrangeira.
Uma das indicações da Lei é sobre a implantação de treinamentos. E nada melhor que realizá-los periodicamente para monitorar a efetividade do Programa de Compliance.
Temas densos como Compliance Empresarial podem se tornar leves, e até divertidos, quando utilizamos Soluções Digitais para treinamentos.
Com criatividade, recursos de animações, interatividade e exemplos práticos, o assunto pode se tornar interessante para todos os níveis da empresa.
Compliance Empresarial se define como o conjunto de técnicas para que uma empresa se mantenha em conformidade com suas próprias regras – e com as leis que regem as atividades que pratica.
O termo “Compliance”, aliás, vem do verbo “comply”, do inglês, que significa “cumprir” ou “estar de acordo com”. Na prática, o Compliance Empresarial parte do princípio de que os processos da empresa, e as ações dos colaboradores, devem ser éticos e estar dentro da lei.
A implementação do Compliance Empresarial
Para que o Compliance Empresarial seja aplicado, são necessárias algumas práticas específicas. É por meio delas que a reputação da empresa será protegida – e seus colaboradores conseguirão evitar prejuízos (morais, financeiros e com a lei).
Para realizar essa implementação, você deve ter primeiro uma área de Compliance na sua empresa. Para isso, contratar especialistas no assunto, chamados de Compliance Officers.
Dentro dessa área, há algumas especialidades, como o Compliance Trabalhista, o Compliance Fiscal, Compliance Ambiental, entre outros. Esses profissionais vão criar e executar o chamado Programa de Compliance da empresa.
Comunicação com a alta administração
Para implementar esse Programa, os Compliance Officers devem, antes de tudo, garantir que a alta administração (presidentes e diretores) da empresa compreenda as leis e a importância de segui-las.
Mais do que isso, os Compliance Officers e a alta administração devem estar em constante contato. Presidentes e diretores devem aprovar o Programa de Compliance e garantir que ele está sendo realizado da melhor forma.
Análise de riscos
Além de se comunicar com a alta administração da empresa, a área de Compliance Empresarial deve também entender como é a cultura corporativa da organização.
Com isso, ela deve fazer uma análise de todos os riscos da empresa, para identificar possíveis fragilidades de Compliance. Ou seja, devem ser verificadas todas as brechas para ações em desconformidade com a conduta esperada.
Código de conduta
Depois de avaliados os riscos e verificadas as leis, os profissionais de Compliance devem criar as Políticas e Procedimentos voltados à proteção da empresa.
Eles devem ser documentados em um Código de Conduta, que precisará abranger, e ser seguido, por todos os membros da organização.
Treinamento e Comunicação
Após estabelecidas as regras, é fundamental que todos os colaboradores tenham ciência e entendimento sobre elas. Para isso, eles devem ser comunicados e treinados.
Há diferentes formas de se aplicar um treinamento de Compliance Empresarial. Uma das mais recomendadas é por meio de um E-learning Corporativo. Além de padronizar a comunicação sobre as regras estabelecidas, ele possibilita simular as possíveis situações de risco dentro da empresa.
Com exemplos práticos, esse tipo de treinamento mostra os comportamentos que devem ser praticados – e aqueles que não são aceitos pela empresa.
Canais de denúncias e investigação
Faz parte de um programa de Compliance Empresarial, ainda, o monitoramento das ações dos colaboradores. Uma das formas de se fazer isso por meio de um canal de denúncias.
Com ele, os colaboradores podem registrar comportamentos de colegas que estejam agindo em desacordo com o que foi estabelecido. As denúncias feitas devem então ser investigadas para apurar a veracidade delas.
Monitoramento e auditoria
Além de tudo, os Compliance Officers devem realizar o monitoramento e a auditoria. Ou seja, eles devem verificar se o Programa de Compliance está funcionando (se está sendo compreendido e aplicado).
Due Dilligence
Há, ainda, o chamado Due Dilligence, que consiste no conhecimento dos parceiros comerciais. Trata-se da avaliação de compliance dos terceiros com os quais a empresa possa vir a fazer negócios. Com essa prática, a organização evita estar associada a práticas ilícitas ou anti éticas.
As vantagens do Compliance Empresarial
O Compliance Empresarial apresenta diversos outros ganhos além da proteção da reputação da empresa. Uma delas diz respeito a evitar as fraudes internas ou externas. Isso previne prejuízos e penalidades por entes reguladores e autoridades públicas.
Outro grande benefício é o ganho de qualidade nas atividades, já que todos passam a estar mais motivados com um ambiente mais ético e organizado. Uma empresa ética, e de boa reputação, atrai tanto colaboradores, quanto mais investidores.
A longo prazo, todas essas vantagens representam melhor saúde financeira, pois há mais lucros (com maior qualidade de trabalho e mais investimentos) e menos prejuízos (ao evitar problemas com a lei).
Aproveite para ver o Case Target “Desenvolvendo treinamentos de Compliance Empresarial com a MRV Engenharia”.
Deixar um comentário